As Melhores Histórias de Quadrinhos do Super-Homem
"Superman: Red Son" Superman Red Son #1-3 (2003) Escrita por Mark Millar Arte por Dave Johnson, Andrew Robinson, Walden Wong e Killian Plunkett Letras por Ken Lopez Cores por Paul Mounts
Editada por Anton Kawasaki, Mike McAvennie, Maureen McTigue e Tom Palmer Jr. Capas por Dave Johnson
Publicada no Brasil em: Superman: Entre a Foice e o Martelo em três partes, de abril a junho de 2004, pela Panini Comics Brasil, e republicada em formato encadernado em julho de 2006 e agosto de 2017 (capa dura). |
O escritor escocês Mark Millar teve a idéia de Superman: Red Son quando ele tinha 6 anos após ler a clássica história imaginária "Superman, 2001!" na revista Superman #300 de Elliot S! Maggin, Cary Bates, Curt Swan e Bob Oksner publicada pela DC Comics em junho de 1976. Além de mostrar o que aconteceria se o bebê Kal-El chegasse a Terra em 1976 e só se tornasse Super-Homem apenas no ano de 2001, Maggin e Bates mostram os USA e a URSS disputando o controle sobre a nave kryptoniana quando ela cai em águas internacionais.
Essa foi a fagulha para a imaginação fértil de Mark, que vivia dentro da Europa durante Guerra Fria. Na sua tenra infância Millar acreditava que o Super-Homem realmente havia existido, seu irmão mais velho, de brincadeira, havia mostrado uma antiga foto em preto e branco do ator George Reeves e lhe havia contado que o Super-Homem tinha lutado na Segunda Grande Guerra ao lado dos aliados.
Aos 13 anos, Millar mandou pra DC Comics sua primeira proposta do Super-Homem Soviético. Foi recusada. Só aos 27 anos ele conseguiu vendê-la. E apenas quando ele tinha 33 anos a história foi publicada.
Superman #300 era uma história imaginária, coisa corriqueira no Universo pré-Crise desde os anos 50 anos. Depois da minissérie Crise nas Infinitas Terras, de Marv Wolfman, George Pérez e Jerry Ordway, publicada entre 1985 e 1986, a cronologia do universo DC ficou conhecida como pós-Crise e as histórias imaginárias se tornaram um tabu. Toda e qualquer história deveria servir e respeitar a cronologia vigente, especialmente para o Super-Homem e seus elementos fantásticos. Primos distantes, inimígos da Zona Fantasma, super animais, viagens no tempo e outras maluquices, vindas dos anos 50 de Mort Weisinger, estavam fora de questão.
Superman #300 era uma história imaginária, coisa corriqueira no Universo pré-Crise desde os anos 50 anos. Depois da minissérie Crise nas Infinitas Terras, de Marv Wolfman, George Pérez e Jerry Ordway, publicada entre 1985 e 1986, a cronologia do universo DC ficou conhecida como pós-Crise e as histórias imaginárias se tornaram um tabu. Toda e qualquer história deveria servir e respeitar a cronologia vigente, especialmente para o Super-Homem e seus elementos fantásticos. Primos distantes, inimígos da Zona Fantasma, super animais, viagens no tempo e outras maluquices, vindas dos anos 50 de Mort Weisinger, estavam fora de questão.
Assim ao imaginar um Super-Homem Soviético e que defendesse o Estado Totalitário-Comunista com certeza não serviria o novo Homem de Aço lapidado em 1986 por John Byrne e Marv Wolfman. Mas até o ano de 2003 algumas excessões poderiam ser feitas, usando o artifício do selo Elseworlds (Túnel do Tempo). A premissa básica é simples, o que aconteceria se o foguete do pequeno Kal-El caísse em junho de 1938 na Sibéria, União Soviética.
A história é uma fábula que mostra o Homem de Aço assumindo o papel de chanceler da grande mãe Rússia após a morte de Joseph Stalin. Com força e inteligência sobre-humana, o kryptoniano transforma a União Soviética e os países da Cortina de Ferro em uma utopia socialista, onde todos tem trabalho, renda, educação e saúde. Menos liberdade. Governando com punho de aço, Kal-El todos países e cidadãos disciplinados e sob controle.
A história é uma fábula que mostra o Homem de Aço assumindo o papel de chanceler da grande mãe Rússia após a morte de Joseph Stalin. Com força e inteligência sobre-humana, o kryptoniano transforma a União Soviética e os países da Cortina de Ferro em uma utopia socialista, onde todos tem trabalho, renda, educação e saúde. Menos liberdade. Governando com punho de aço, Kal-El todos países e cidadãos disciplinados e sob controle.
Enquanto nos EUA, o Ike vê a democracia americana afundar numa distopia. A propaganda comunista humilha e destroça o sonho americano. Nem o lendário jornal metropolitano Planeta Diário, de Perry White e Lois Lane, publicando a verdade e a justiça, consegue manter o espírito da liberdade individual vivo. O pujante sucesso do socialismo soviético impede qualquer influência americana na Europa Ocidental que também se alinha à URSS.
Lex Luthor, com sua magnífica inteligência amoral, é a única arma que a América tem para enfrentar a União Soviética. Por décadas, Luthor faz movimentos fantásticos, como num grande jogo de xadrez, na tentativa de vencer o Super-Homem.
Depois de décadas e de vários presidentes fracassados, Luthor, casado com Lois Lane, se elege presidente dos EUA, e consegue em pouco tempo recuperar a economia capitalista, a única num mundo completamente socialista, através do mercado livre, da liberdade individual e do empreendedorismo capitalista. Nesse cenário ele atrai o Super-Homem para Washington e dá o checkmate. Provando com uma única frase por que a liberdade é maior bem da humanidade.
Superman: Entre a Foice e o Martelo como ficou conhecida no Brasil, teve grande sucesso ao ser lançada nos EUA, mas na Europa Oriental o barulho foi muito maior, principalmente na Rússia, pois mostra exatamente o que russos e europeus orientais viveram na própria pele até a queda do muro de Berlin em 1991.
Superman: Entre a Foice e o Martelo como ficou conhecida no Brasil, teve grande sucesso ao ser lançada nos EUA, mas na Europa Oriental o barulho foi muito maior, principalmente na Rússia, pois mostra exatamente o que russos e europeus orientais viveram na própria pele até a queda do muro de Berlin em 1991.
Recentemente a história foi adaptada na forma de filme animado da Warner Animation, novamente tendo sucesso de crítica e público, se mostrando atual mesmo depois de mais de 15 anos.
por Fabio Marques (01/10/2020)