O Brasil de FHC
Apesar de nunca ter simpatizado totalmente com os ideais neo-liberais misturados com posições centro-esquerda do Fernando "Nádegas-Indevidas" Herinque Cardoso e até de não ter votado nele em 1994 por pura revolta juvenil.
Sinto falta do projeto das sólidas instituições, começando pela moeda, que o FHC tinha para o Brasil. Fico triste em ver que hoje voltamos a campanha de 1989, onde os incumbentes discutem religião e moral no horário político.
O Brasil de Lula me faz lembrar de um presidente tacanha que corria todas as manhas de camiseta com um slogan idiota no peito. No Brasil ainda faltam pessoas sérias. O importante não é saber quem defende ou não o aborto. O importante é saber quem quer um Brasil forte como instituição, quem quer um país livre tanto na imprensa como na decisão de terminar uma vida.
No Brasil de FHC, foi criado o Real, criamos a urna eletrônica, a Receita Federal e o TSE se tornaram instituições públicas de referência. Transformou-se a telefonia nacional em exemplo para o resto da América Latina.
Poucos se lembram, mas foi o próprio FHC, então Ministro das Relações Exteriores que recepciou e organizou a Eco-92 no Rio de Janeiro. Foi FHC que chorou na posse de Lula, quem pavimentou o caminho para Lula ser presidente desse país que sediará a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Quem fez o cambio flutuante que hoje mantêm nossa economia em cheque. Foi no governo dele que os estados da união passaram a ter responsabilidade fiscal. Foi pelas mãos dele e da saudosa Ruth Cardoso que nasceu o Bolsa-Escola, que diferente da esmola que é o Bolsa-Família do Lula, tinha uma contrapartida de incentivo a educação.
Em muitos pontos, nesses 8 anos de Lula, regredimos ao ponto de 1989. Voltamos a ter o Sarney (e família) como real gestor do país. A pobreza nas classes mais pobres diminuiu, mas aumentou a falta de escola e preparo. A educação e a cultura das classes menos afortunadas piorou. O consumo da classe C aumentou realmente. Mas a em contrapartida o país está menos preparado para o futuro. Os jovens que terminam o Ensino Médio tem menos chances no mundo globalizado do que os jovens de 10 anos atrás. Nesse Brasil do Lula, o presidente do país defende seu candidato em palanque e na televisão. É um abuso da instituição. No Brasil do FHC, não teve isso não.
Temos duas propostas agora, o Brasil de Dilma ou o Brasil de Serra. Ambos tem pouca diferença. A Dilma é o continuismo do Lula. De verdade o Serra também é. Virou uma eleição de prefeito do Brasil, quem vai fazer mais casas ou quem aumentar o salário-mínimo. Ninguém falou que vai transformar a educação no país. Ninguém falou que vai rasgar o país com ferrovias ou hidrelétricas. Ninguém fala no que não dá voto. Por motivo de trabalho não poderei participar dessa escolha dos próximos 4 anos.
Sinto falta do "Nádegas-Indevidas". Sinto falta da Dona Ruth.
Um comentário:
Pior é ter que aguentar ainda 8 anos de Dilma e mais a volta triunfal do barbudo. Isso aqui não dá mais.
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